quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Horários e Locais de Votação

Quinta-feira
12-14h: CAASO (urna Institutos + Engenharia campus 1) e Campus 2 (Engenharia campus 2)
15h30-16h30: IFSC (urna Institutos + Engenharia campus 1)
18h-19h30: CAASO (todas as urnas)
20h30-21h30: ICMC (urna Institutos)

Sexta-feira
12-14h: CAASO (todas as urnas)
15h30-16h30: IQSC (urna Institutos + Engenharia campus 1)
18h-19h30: CAASO (todas as urnas)

Segunda-feira
12-14h: CAASO (urna Institutos + Engenharia campus 1) e Campus 2 (Engenharia campus 2)
15h30-16h30: ICMC (urna Institutos + Engenharia campus 1)
18h-19h30: CAASO (todas as urnas)
20h30-21h30: IFSC (urna Institutos)

Pré-requisito fraco e alternativas


Tem sido prática da universidade reduzir a formação do estudante a um grau meramente técnico-acadêmica, aumentando a pressão para que ele se forme o quanto antes, vide a lei do jubilamento e seu gradual enrijecimento e o fim do pré-requisito fraco.

Dentro da Escola de Engenharia o pré-requisito fraco foi abolido ainda em 2007 mas somente em 2009 essa medida foi aplicada. No atual momento, apesar do precedente criado pelo caso da Engenharia Civil, a abertura da USP para ampliar a concessão aos demais estudantes da unidade é praticamente nula. Essa postura é sentida na Comissão de Graduação da EESC, na Congregação e até no Conselho de Graduação.

Se não é viável buscar a volta do pré-requisito fraco, o CAASO pode, através dos representantes discentes dos colegiados citados lutar por alternativas que ajudem o estudante na sua formação acadêmica. Três medidas podem ser adotadas neste sentido:

- Uma revisão dos encadeamentos de pré-requisito mantendo somente os necessários e rever a sua efetividade juntamente com as secretarias acadêmicas e comissões coordenadoras de cursos;
- Discutir e analisar os casos de sobreposição de conteúdo das disciplinas permitindo uma menor carga horária, juntamente com as SAs e as CoCs;
- Introduzir dentro da CG a possibilidade de adotar o regime especial. Este regime consiste em permitir que um estudante, reprovado com nota entre 3 e 4,9 e mais de 70% de frequência em uma disciplina possa tentar sua aprovação no semestre seguinte mediante estudo dirigido, sob orientação do professor (cronograma, listas de exercícios, trabalhos e datas de provas previamente estabelecidas). Por outro lado, o regime especial também permite que o estudante possa se matricular em uma disciplina dependente daquela. Assim, problemas com grade horária podem ser evitados.

Posicionamento quanto à Unimed

O corte do plano de saúde da Unimed que cobre os estudantes do nosso campus não foi o primeiro a acontecer na USP. Bauru, Piracicaba entre outros campi já sofreram com isso.

Declarado irregular pelo Tribunal de Contas do Estado, o contrato com a Unimed levava a Coordenadoria do Campus a gastar anualmente cerca de R$1,7 milhão com o plano de saúde para os estudantes. Vê-se portanto que há dinheiro disponível para melhorar o atendimento da UBAS, tanto em contratação de pessoal quanto em ampliação da infra-estrutura. Para atendimentos de casos mais complexos devemos negociar com a Coordenadoria a volta do ônibus semanal que levava estudantes ao Hospital Universitário, em São Paulo, como ocorria até alguns anos atrás.

A garantia de atendimentos odontológico e médico básicos aos estudantes deve fazer parte da política de permanência da USP. Para que isso ocorra de fato, precisamos, como já citado, da melhoria da UBAS no campus 1, mas também da construção de uma outra no campus 2.

Campus 2

De medidas mais imediatistas, devemos nos preocupar com o transporte: no começo do ano houve casos de superlotação, quadro este que deve piorar com a ida dos estudantes de Engenharia de Materiais para lá a partir do ano que vem. Por outro lado foi dita pelo reitor, prof. Rodas, a possibilidade de se terceirizar o serviço. Além de mais caro para a universidade, tal medida pode facilitar a cobrança da passagem posteriormente. Finalmente, os alunos de iniciação científica, atividades extracurriculares e de pós-graduação não têm como ir ao campus 2 durante as férias. Um experimento foi feito em julho e foi julgado insuficiente para justificar a permanência desse serviço. Entretanto, foi mal divulgado e a freqüentação do campus ainda deve aumentar bastante nas férias inclusive. Logo, é importante retomar essa iniciativa.

Em médio prazo, precisamos melhorar os serviços que permitem ao estudante não perder tempo voltando ao campus 1 durante o almoço. A biblioteca deve ser inaugurada no começo do ano que vem (mas com que acervo?) e os departamentos responsáveis pelos cursos ministrados no campus 2 lá se localizam. Porém sente-se a falta de caixa eletrônico, Xerox, UBAS, papelaria orelhão entre outros.

Finalmente, é preciso lutar por uma maior participação dos estudantes na elaboração de um plano diretor. O atual zoneamento temático é muito flexível e não garante uma ocupação ordenada, o que pode gerar conseqüências semelhantes às encontradas no campus 1: uma falta de organização, com desperdícios de espaço e de tempo. Nesse plano diretor, precisamos garantir o centro acadêmico em um espaço freqüentado pelos estudantes, e não na periferia do campus como atualmente proposto. O mesmo vale para o CEFER.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Debate e Eleições: Datas

Debate:
Quarta-feira 14/10, 12h30, no CAASO.

Eleições:
Quinta-feira 15/10;
Sexta-feira 16/10;
Segunda-feira 18/10.

Locais e horários a serem definidos ainda.

Administrativo

Ao longo de sua trajetória, o CAASO levou suas funções administrativas para além dos padrões de um centro acadêmico. Entretanto, uma boa gestão destas funções é requisito para qualquer chapa, não como um fim em si, mas como um meio para a expressão de sua linha política e atuação. Com o seu estatuto agora regularizado, dentre tais funções administrativas vale ressaltar o colégio CAASO, os arrendamentos e as recorrentes pendências jurídicas. Nesse sentido, apresentamos as seguintes propostas:
  • Planejamento financeiro visando uma boa gestão dos recursos do CAASO e do Colégio;
  • Diversificar as fontes de financiamento, prezando sempre pela autonomia da entidade;
  • Transparência na prestação de contas,
  • Amplo apoio e garantia de autonomia ao conselho fiscal;
  • Aproximar o centro acadêmico, os estudantes do campus e o Colégio CAASO;
  • Recuperar e reorganizar o arquivo histórico do CAASO;
  • Reuniões ordinárias abertas e amplamente divulgadas, assim como suas deliberações.

Movimento Estudantil

Ao centro acadêmico compete organizar os estudantes em torno de suas pautas. Mais que isso, deve propor discussões e ações acerca da sociedade em que vivemos, além de  divulgar e intervir  nas questões da USP que nos afetam. A gestão atual do CAASO mostrou descaso com as necessidades dos estudantes, não colaborando com suas mobilizações e até atrapalhando-as em alguns momentos. Buscando uma mudança de postura da entidade, propomos:

  • Promover, periodicamente, assembléias informativas e deliberativas sobre assuntos que afetam direta e indiretamente os estudantes;
  • Realização de atividades que contribuam para uma formação ampla e crítica dos estudantes;
  • Lutar por políticas efetivas de acesso e permanência;
  • Acompanhar, por meio dos RDs, as questões levantadas nos colegiados;
  • Convocar CSAs periódicos, fortalecendo os laços entre o CAASO e as Secretarias Acadêmicas;
  • Participar dos Conselhos de Centros Acadêmicos e incentivar as SAs do campus a fazerem o mesmo;
  • Defender os interesses coletivos dos estudante e a autonomia do centro acadêmico;
  • Discutir o uso e a ocupação do Campus 2 e a inserção do CAASO neste espaço.

Sócio-Cultural

O CAASO tem sido um espaço muito importante no incentivo à Cultura, com a atuação de diversos grupos culturais, a promoção de festas e a presença de outras iniciativas estudantis. O centro acadêmico também deve agir como catalisador da troca de experiências e vivências, permitindo e incentivando uma formação ampla e crítica. O papel  inerente a um centro acadêmico de promover manifestações culturais e possibilitar a convivência entre os estudantes deve ser repensado e revivido cotidianamente. Assim nossas propostas são:

  • Prezar pela diversidade de festas e eventos, respeitando a autonomia dos grupos e SAs.
  • Promoção, por parte da diretoria, de festas abertas, integração com a comunidade e melhor utilização das sextas-feiras;
  • Incentivar as mais variadas expressões culturais;
  • Fomentar e apoiar os grupos e movimentos culturais do CAASO por meio da divulgação, do incentivo à prática e do auxilio à obtenção da infra-estrutura necessária.
  • Trazer mais debates acerca da Cultura, retomando o papel do CAASO como centro de discussão e pensamento crítico.
  • Manutenção adequada nos equipamentos do Salão de Jogos;

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Secretarias Acadêmicas e Representação Discente

Uma das funções de um centro acadêmico é discutir dentro dos cursos que representa questões acadêmicas como grade curricular, horário, projeto do curso entre outros. O CAASO conseguia cumprir este papel até meados da década de 90. Porém, com a expansão da universidade, o aumento da quantidade de cursos fez com que o ele não fosse capaz de acompanhar os problemas de cada carreira. Nesse contexto surgem as secretarias acadêmicas.

Com as SAs discutindo as questões locais, cabe agora ao CAASO levar aos estudantes as pautas mais gerais do campus e da USP. Portanto, o CAASO também necessita se envolver com o DCE e incentivar a participação das SAs nos seus espaços: Conselho de Centros Acadêmicos (CCA), Encontro dos Centros Acadêmicos (EnCA).

Para as pautas locais, as secretarias acadêmicas reúnem-se junto ao CAASO através dos CSAs. Esse ano, porém, esse caráter se perdeu e o CSA aconteceu somente para definir datas de festas. Em geral a própria relação CAASO-SAs se deu apenas na questão das festas.

No entanto, entendemos que o CSA deve cuidar também de questões mais gerais. Algumas são debatidas dentro dos órgãos colegiados da USP, daí a necessidade de envolver os representantes discentes, tanto para se informar quanto para garantir o bom cumprimento da função e aproximá-los do conjunto dos estudantes.

Nesse momento em que a USP cerceia cada vez mais a vida dos estudantes, as secretarias acadêmicas e os RDs desempenham um papel fundamental para a garantia de seus interesses gerais. E o CAASO não pode se omitir, mas sim ajudar a construir essa organização.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Financiamento e Burocracia

É recorrente em processos eletivos para a diretoria do CAASO uma chapa ter suas capacidades de gestão contestadas. Entretanto, é necessário desmitificar tal prática tanto pelo fato de uma boa administração ser premissa de qualquer gestão quanto pelo fato da boa gerência  não ser um fim em si, mas um meio para uma chapa poder expressar suas linhas políticas como um todo.

No que tange o CAASO, as suas particularidades e dificuldades dizem respeito ao seu gigantismo passado e presente, pois além das tarefas básicas de todo centro acadêmico que são promover entre os estudantes que representa a convivência por meio de festas, salão de jogos, promoção de grupos culturais entre outros e discussões políticas tanto sobre a universidade quanto sobre demais assuntos de interesse da sociedade, o CAASO também é responsável por manter uma biblioteca, o colégio e cuidar de seus arrendamentos.

Dentro dessa perspectiva, um grande questionamento é como o centro acadêmico financia toda a sua estrutura. De fato, é importante se perguntar qual é a origem do financiamento da CAASO, quais são os principais custos da manutenção do espaço, e como essa manutenção está organicamente ligada aos estudantes do campus.

Do ponto de vista financeiro, o maior problema é a dívida trabalhista e previdenciária que ultrapassa os dois milhões de reais, pelo colégio ter se considerado desde o princípio entidade de utilidade pública, sem se preocupar em verificar a regularidade de tal situação. A parte previdenciária é impagável, porém com certa freqüência vêm à tona dívidas trabalhistas, da ordem das dezenas de milhares de reais, estas tendo que ser pagas compulsoriamente. Outros gastos regulares da diretoria do CAASO são o pagamento de salários a funcionários, advogados, contador, além de gastos devidos à realização de atividades diversas e o zelo pelo equilíbrio das contas do Colégio.

Por outro lado, o financiamento da entidade idealmente se daria por contribuição voluntária dos alunos por ele representados e ex-alunos. Nesse sentido existem as carteirinhas, segunda fonte de renda atrás dos arrendamentos, e sempre existe a possibilidade de se passar o livro ouro. Por sua vez, os arrendamentos gerados em troca da prestação de serviços garantem entradas aproximadamente constantes ao longo do ano para o CAASO. Finalmente, festas, patrocínios e realização de outras atividades como, por exemplo, fretamento de ônibus para a Virada Cultural, proporcionam entradas mais esporádicas, porém necessárias ao Centro Acadêmico. O objetivo maior seria alcançar o autofinanciamento da entidade. Contudo, é necessário atentar aos diversos ataques potenciais à sua soberania, como a ameaça da proibição de venda de bebidas alcoólicas e de festas dentro do campus, além do confiscamento dos arrendamentos por implicância do TCE.

Finalmente, cabe destacar que, por ser responsável pelo espaço, a diretoria do CAASO precisa ter controle sobre as movimentações financeiras. Por isso é necessário dar amplo apoio ao Conselho Fiscal, para fiscalizar as atividades promovidas pelos grupos e secretarias acadêmicas e também da própria diretoria do Centro Acadêmico.

Da Importância dos Grupos do CAASO


Ao longo de sua história, o CAASO vem proporcionando uma série de expressões artísticas e culturais. Nisso, entende-se o surgimento dos grupos. Porém, cabe questionar o que realmente significa a existência destes.

Os grupos do CAASO - Teatro, Grupo de Som, Capoeira, Rádio, Silk, entre outros - representam, em uma primeira análise uma estrutura que proporciona aos estudantes a possibilidade de não só utilizar-se da cultura, mas de também produzí-la. Mais que isso, são um espaço essencial para uma formação realmente ampla.

Pensando mais a fundo, a existência dos grupos, por si só, já caracteriza uma conquista histórica do centro acadêmico, visto que esses preservam e lhe garantem autonomia. Mesmo assim, nota-se um esvaziamento crônico e até a desativação de vários grupos do CAASO. Pode-se relacionar tal fato à pressão por parte da universidade para que os estudantes se dediquem exclusivamente à graduação.

Notamos na USP - São Carlos um vazio cultural. Com suas poucas iniciativas, a universidade não consegue proporcionar aos estudantes a oportunidade de suprir suas necessidades de lazer e cultura. Nisso os grupos culturais tem um papel importante, por oferecerem aos estudantes espaços que ajudam a preencher aquele vazio.

Além dos grupos culturais, vale mencionar também a Atlética e o MACACO. A primeira, responsável pelas atividades e eventos desportivos, dado que a Universidade também não cumpre esse papel. O segundo, intenta debater e proporcionar cultura, tanto para os estudantes do campus quanto para a comunidade sancarlense.

Por fim, vale ressaltar a responsabilidade dos grupos para com os estudantes representados pelo CAASO. Entendemos que a atuação dos grupos é fator fundamental para diversificar e contribuir para nossa concepção de cultura e sociedade. Mas, mais que isso, acreditamos que uma retroalimentação deva existir, com os estudantes atuando nos grupos e estes dando aos primeiros um retorno que justifique a existência de tais grupos e a utilização da estrutura do centro acadêmico.

A Universidade Pública e suas Contradições

Uma universidade é dita pública quando esta instituição de ensino superior é mantida pelo poder público. As universidades públicas paulistas, por exemplo, são financiadas basicamente através do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação). Tal instituição deve ser vista como um ambiente de possibilidades, experiências coletivas, críticas e debates; como um espaço que possibilite a formação acadêmica, pessoal, política e cultural do ingresso, e não apenas como caminho para a formação técnica e a aquisição de um diploma. Além disso, por se apresentar como um recorte da sociedade, cabe a esta levantamentos acerca da sociedade em si.

A instituição universidade é fundamentada em um tripé fundamental: Ensino – Pesquisa – Extensão. Porém, observa-se que há certa disparidade entre a importância dada a estes pilares. Claramente nota-se que a pesquisa é muito valorizada, enquanto  ensino fica em um plano inferior e a tal extensão, responsável por fazer a ponte entra a sociedade e a universidade, tem uma inserção mínima tanto entre os docentes quanto entre os discentes. Por tais fatos, vale questionar quais são os reais interesses que movem a universidade pública.

Pode-se notar uma grande inserção de investimentos oriundos da iniciativa privada nas universidades públicas. Fácil entender o interesse destas, sendo a universidade o grande local para a produção científica. Por outro lado, há de se refletir a respeito das consequências de tal prática: apesar de garantir à universidade verbas que poderiam ser usadas para os mais diversos fins, tal aproximação pode colocar os interesses da iniciativa privada a frente dos interesses da própria sociedade, por quem a universidade pública é financiada e a quem deveria estar a serviço.

Nesse contexto vale pensar como retribuir à sociedade. É comum acharmos que o melhor jeito de retribuir é nos formarmos o mais rápido possível e trabalharmos. Entretanto tal visão acaba por colocar outras atividades, como movimento estudantil, grupos culturais, etc., em segundo plano, ou até como um empecilho. Vale questionar qual é o verdadeiro retorno que a iniciativa privada pode dar para a sociedade como um todo, quando esta é pautada apenas pela busca do lucro.

Nisso tudo, vale questionar qual é a universidade pública que buscamos. Com estreitos laços com a iniciativa privada e sem ligação alguma com as demandas da sociedade? Com uma formação puramente técnica e voltada ao mercado de trabalho, sem a preocupação de proporcionar uma visão crítica da realidade? Sem políticas efetivas de acesso e permanência, perpetuando o acesso restrito apenas às camadas mais ricas da população? De fato, de tais questionamentos parte a prática que teremos, em busca de um nova universidade, realmente pública.

Acesso e Permanência

Partindo de uma perspectiva de uma universidade realmente pública, é necessário que se exiga dessa uma redução das desigualdades socioeonômicas. O direito ao ensino público de qualidade e gratuito deve ser garantindo em todas as esferas. Nisso é importante entendermos que apenas o não pagamento de mensalidades não é suficiente. É necessário que se garanta a tal "gratuidade ativa", as políticas de permanência estudantil. Tais políticas são aquelas que dão as condições para que qualquer um, independente de sua condição socioeconômica, possa graduar-se. Podemos citar a moradia estudantil, a bolsa-alimentação e as refeições subsidiadas do bandejão, as bibliotecas, cotas de impressão, etc., como medidas que buscam tal gratuidade ativa.

Entretanto, na USP, podemos ver que isso se dá de forma conservadora e até negligente. Com a mudança das bolsas trabalho para aprender com cultura e extensão e ensinar com pesquisa, pudemos ver uma diminuição do valor recebido pelo bolsista, bem como uma maior burocracia. Vemos também políticas como a da bolsa auxílio-moradia, que paga o aluguel do bolsista, mas que na verdade, a longo prazo, custa muito mais à universidade que a construção de blocos de moradia estudantil. Mais que isso, podemos notar que na USP, em geral, tais políticas de permanência exigem alguma contrapartida por parte do beneficiado, como não ter DPs, manter uma média alta, etc. Tal prática não se justifica, pois entendemos a permanência enquanto um direito e não um benefício ou uma "esmola". Além disso, vale lembrar que grande parte dos beneficiados ainda precisam trabalhar para se manter, o que tira grande parte do tempo de estudo que lhes seria necessário.

Andando junto do direito a permanência na democratização do acesso à universidade vem as medidas de ampliação do acesso. O jeito mais fácil de garantir isso é aumentar o número de vagas. Entretanto, tal aumento deve ser feito de maneira responsável, garantindo toda a estrutura necessária. Na tentativa de ampliar o acesso, vemos a USP e as outras estaduais paulistas investindo na UNIVESP (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), porém é preciso que se faça um amplo debate a respeito do assunto, pois o Ensino a Distância, apesar de poder garantir o acesso ao ensino público a muitos, ainda carrega uma série de dúvidas e questionamentos, principalmente com relação à sua qualidade.

Políticas como cotas (econômicas ou raciais) ou o bônus para alguns alunos (INCLUSP) vem na tentativa de aumentar o acesso de pessoas de menor pode aquisitivo, pois é sabido que a universidade pública é em grandíssima parte composta pelas classes mais altas, que conseguem passar pelo filtro do vestibular com a ajuda de cursinhos, melhores materiais, aulas particulares, tempo para estudar por não trabalhar, etc. Contudo, principalmente no último ano pudemos ver como a política de ampliação do acesso de estudantes oriundos de escolas públicas à USP não é efetiva, contribuindo para uma elitização ainda maior do espaço da universidade.

Faz-se necessário entender também que políticas como o ProUni, que fazem com que estudar em universidades particulares seja vantajoso economicamente e a própria existência de um enorme número de universidades privadas com preços mais acessíveis faz com que cada vez menos pessoas das classes menos favorecidas se interessem em prestar uma universidade pública, pois já sabem das dificuldades para se manter fora e da falta de tempo para trabalhar e ajudar a família. Assim, concluímos que só é possível uma verdadeira democratização da universidade e do ensino com políticas efetivas que garantam a permanência e o acesso dos estudantes, para que estes possam se dedicar ao estudo e se envolver com outras atividades pertinentes (lazer, atlética, centro acadêmico, grupos culturais, etc.).

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Porquê da Organização em Núcleos

A partir do nosso entendimento das demandas administrativas do CAASO, vimos a necessidade de nos organizarmos em três núcleos, Administrativo, Educacional e Sócio-Cultural. Assim, fica possível que cada membro da diretoria tenha uma responsabilidade delegada, sem, no entanto, perder de vista a atuação da diretoria nas outras áreas.

O núcleo Administrativo trata das questões burocráticas e financeiras do CAASO e também do Colégio. A atuação de seus membros será mais rígida dentro do núcleo, pela regularidade das tarefas ao longo do ano. O núcleo Sócio-Cultural por sua vez busca promover uma ocupação do espaço do CAASO, através de atividades de convivência, como festas, e culturais. Por último, cabe ao núcleo Educacional discutir e atuar nas questões relacionadas à realidade do campus e às políticas da universidade, como permanência estudantil. As áreas de atuação destes dois últimos núcleos são próximas, e as tarefas exigidas mais pontuais. Assim, uma maior interação entre seus respectivos membros é necessária e possível.

Finalmente, dividir as funções em núcleo ressalta a horizontalidade da gestão, não havendo uma hierarquia na prática e favorecendo uma construção coletiva dos posicionamentos tomados pela diretoria.

Membros da Chapa

Os membros que compõem a chapa De Chinelo e Caneca:

NÚCLEO ADMINISTRATIVO
Francês (Vincent de Almeida - Aero 08) - Presidente
Leitinho (Pedro Mattos - Ambiental 09) - Secretário-Geral
Gui (Guilherme Ferla - Matemática 010) - 1º Secretário
Pró (Fellipe Moreira - Ambiental 09) - 1º Tesoureiro
Fogaça (Diego Fogaça - Produção 07) - 2º Tesoureiro
Andrés (Andrés Martano - Eng. Comp 07) - Diretor do
Colégio

NÚCLEO EDUCACIONAL
Akin (Alexandre Negrão - Informática 07)
Cabelo (Gustavo Vargas - Mecatrônica 010)
Gabi (Gabriela Lucchesi - Ambiental 09)
Pajeh (Fabiano Ramos - Lic. Ciências Exatas 010)
Peitola (Rogério de Souza - Física Comp. 06)
Queijo (Túlio de Lima - Ambiental 09)

NÚCLEO SÓCIO-CULTURAL
Bahia (Gustavo Licht - Civil 08)
Caio (Caio Lourenço - Produção 09)
Herói (Gabriel Invernizzi - Arquitetura 09)
Paula (Paula Castro - Informática 010)
Pedrinho (Pedro Zanette - Ambiental 08)
Tiririca (Lucas Consiglio - Ambiental 09)

Apresentação: CAASO De Chinelo e Caneca

Dentro do atual contexto vivido pelo campus nós, da chapa De Chinelo e Caneca, diante da negligência e irresponsabilidade da atual gestão do CAASO em assumir a função de um centro acadêmico em sua plenitude, sentimos a necessidade de articular com os estudantes em todos os âmbitos, tanto individualmente, quanto nos grupos, secretarias acadêmicas e representações discentes.

Nota-se hoje, por parte da Universidade, uma grande pressão para que os estudantes deem enfoque apenas a uma formação técnico-acadêmica. Daí deriva um esvaziamento de espaços como os grupos culturais e o próprio CAASO. Nessa abordagem, busca-se um centro acadêmico que incentive e permita a participação concreta dos estudantes em suas inúmeras questões.

De Chinelo e Caneca, como se apresentam muitos dos estudantes daqui, vai ao encontro dessa prática, na busca de um CAASO que represente a diversidade do nosso campus.

Visando uma formação ampla, que ultrapasse os limites das salas de aula, queremos contribuir para a construção e compreensão da identidade e do papel do estudante. Papel este que não se cumpre por um CAASO de terno e gravata, mas De Chinelo e Caneca.